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Com exclusividade, Urubu News entrevista Diany, capitã do time feminino do Flamengo em parceria com

  • Equipe do Urubu News | @iUrubuNews
  • 26 de set. de 2016
  • 4 min de leitura

Uma das destaques do time feminino do Flamengo em parceria com a Marinha nas conquistas do Campeonato Carioca de 2015 e de 2016, e do Campeonato Brasileiro de 2016, Diany, capitã do mais querido, bateu um papo com o Urubu News falando muito de futebol, Flamengo, Seleção e aprendizados.


Diany tem 26 anos e é 3º Sargento da Marinha. Começou no futebol de salão e tem um currículo de respeito; Já defendeu Volta Redonda, Duque de Caxias, Botafogo, Vasco da Gama e agora o Flamengo. Apaixonada pelo que faz, a meio-campista contou a nossa redação quão grande foi a sua luta pela oportunidade no mundo do futebol. Confira a entrevista exclusiva abaixo:

UN: De que maneira o futebol intervém na sua vida? Ser jogadora foi o seu sonho desde criança?


Diany - ''O futebol tem um grande elo na minha vida e me proporciona crescimento intelectual, familiar, como também ajuda na saúde e etc. Com o futebol eu consigo estudar, ajuda minha família e me ensina ser uma pessoa melhor, sempre plantando o bem e o amor que devemos ter entre as pessoas.


Eu cresci jogando futebol com os meninos porque não tinha para as meninas e minha mãe nunca teve melindres em me levar por já ter um tipo de preconceito empregado pela sociedade em entender que era um esporte masculino.''



UN: Já teve que abrir mão de algumas escolhas pessoais e profissionais para jogar futebol?





Diany - ''Como hoje sou atleta da Marinha, 3° Sargento, posso viver do futebol, quando era mais jovem eu trabalhava e treinava no futebol de salão na faculdade para ganhar bolsas de estudos, e sempre joguei assim.


Então abdico a minha vida a isso.''






UN: Além de Campeã Brasileira, você é Bicampeã Carioca. Qual a sensação de jogar e ganhar um título pelo Flamengo? Como você descreveria a torcida do mais querido?


Diany - '' Olha, é uma sensação magnífica, a torcida do Flamengo é apaixonante e de arrepiar, qual lugar do Brasil que nós formos, terá um torcedor apaixonado e dando o maior apoio. Fomos jogar em Amapá esse ano e chegamos lá mais ou menos 1 hora da madrugada e lá estavam torcedores com bateria e bandeiras para nos receber e mostrar todo seu amor pelo Flamengo. Pelo Brasileiro, recebemos no estádio de Manaus, mais de 8 mil torcedores para assistir o futebol feminino do Flamengo. Números que para o futebol feminino é de se espantar, por sermos de um esporte que não tem visibilidade. Nunca presenciei essas coisas como presencio aqui como atleta do Flamengo/Marinha.''




UN: Em relação ao que você mesmo falou, a respeito da não visibilidade, estrutura e todo o apreço do futebol feminino. Se você pudesse mudar algo em relação ao futebol para as mulheres no Brasil, o que seria?

Diany - ''Tem muitas coisas que poderia mudar, nossa cultura já não vê o futebol feminino com bons olhos e muitos clubes e dirigentes não respeitam o futebol feminino por não ter o retorno financeiro esperado. Muitas pessoas olham com preconceito por você ser um atleta de alto rendimento de futebol. Hoje as pessoas estão gananciosas por dinheiro e não ver a essência da vida.

Vimos as Olimpíadas, a comparação de Marta e Neymar, foi nítido como mudou a raça e vontade de jogar futebol dos homens quando estavam sendo comparados com as mulheres.''



UN: Como você descreveria a responsabilidade de levar contigo, a braçadeira de capitã de um dos maiores clubes do país, e ser exemplo as demais jogadoras?




Maycon (esq.) e Tânia Maranhão posam com o treinador, o tenente Abranches: parceria pelo futebol.

Diany - ''Então, sou uma menina que cresci dentro da Marinha e sempre tive como minha capitã a Tânia Maranhão e Maycon, duas meninas que são referências no futebol feminino, hoje sou a capitã e pra mim é de uma responsabilidade tremenda representar minha equipe como também ser capitã de um clube como o Flamengo, mas acredito que dentro de um grupo existem várias lideranças, digo isso sempre para as meninas, que eu estou ali pra representar mas que cada uma tem uma responsabilidade dentro do grupo.''


*Imagem: Maycon (esquerda) e Tânia Maranhão (direita), posam com o tenente, Abranches.




UN: Gostaria que você falasse sobre o título brasileiro conquistado no começo desse ano, e sobre os seus objetivos para a sequência da temporada com o Flamengo.




Diany - ''Esse título brasileiro foi um dos títulos mais importantes na minha carreira, de expressão no cenário nacional e o primeiro do grupo da Marinha.


Nosso objetivos é ser campeão da Copa do Brasil e depois disso pensar em vôos mais altos. Como Libertadores e etc.''


*Imagem: Diany com o troféu do título brasileiro e o do bicampeonato carioca.




UN: Hoje, qual seria o seu maior sonho? Quais suas pretensões com uma nova convocação para a seleção?



Diany - ''Meu sonho é jogar uma Olimpíada. Para isso preciso estar em alto nível para ser vista e ser convocada novamente para novas oportunidades. Mas eu tenho meu pé no chão e vivo o hoje e faço o melhor sempre aonde quer que eu esteja.''




UN: Acredito que você, além de jogar, aprecia o futebol. Você teria um ídolo, a quem dele(a) você se inspiraria?

Diany - ''Bom, entre as mulheres, sempre apreciei o talento de Marta e Formiga.

Entre os homens , aprecio o talento do Jean, hoje jogador do Palmeiras e do Iniesta jogador do Barcelona. São atletas com grande qualidade técnica no qual aprecio demais.''

UN: Você é flamenguista?

Diany - ''Bom, eu não sou. Mas visto a camisa como se fosse meu clube de coração, pois o que eu vivo hoje com o Flamengo, eu nunca vivi em clube nenhum, como por exemplo, essa nossa entrevista, como vídeos nossos que fizeram, como postagem nas redes sociais falando do futebol feminino do Flamengo.''


UN: Hoje, caso você pudesse dizer algo a uma menina ainda criança, que sonhasse ser jogadora, o que seria?

Diany - ''Diria a ela pra respeitar seus pais e os mais velhos, nunca deixasse de estudar e que acreditasse sempre nos seus sonhos, mesmo que as coisas estejam encaminhando para um lado que a gente não espera, mas que Deus tem sempre um propósito na vida de cada um, que se ele proporciona algo pra você, é porque ele sabe que você pode passar e se tornar uma grande pessoa.''

Agradecimento: Flamengo/Marinha

Direitos de imagem: Diany


- Por equipe do Urubu News.

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